A
leitura e escrita em minha vida...
Lembro-me
do primeiro livro devorado por mim na adolescência, período em que todas as
nossas emoções são extremas, é tudo ou é nada, O outro lado meia-noite, Sidney Sheldon (obviamente encantador para
toda e qualquer adolescente apaixonada); não conseguia parar de ler, devorava,
compulsivamente, cada palavra, parágrafo, capítulo, sentada, deitada, dentro do
chuveiro, acreditem!
Exatamente
neste período percebi o quanto a leitura seria capaz de amadurecer e me fazer
compreender meus pensamentos, ter a possibilidade de transgredir meu próprio
mundo, saber que existem inúmeras possibilidades e (in) verdades ditas por
outrem, as quais em um momento especial de nossas vidas, podem nos transformar,
fazer com que reflitamos e, com certeza, nos tornemos pessoas melhores, mais
humanas.
A
possibilidade de entender o outro, o mundo, as coisas que norteiam a nossa
existência e, não menos importante, as lembranças intrínsecas de amigos,
família, infância, amores...
“Quando
as pessoas não sabem falar ou escrever adequadamente sua língua, surgem homens
decididos a falar por elas e não para elas.” (Wendell Johnson), desta forma
vemos as consequências drásticas, irreparáveis e limitadas daqueles que,
infelizmente, possam ter uma existência sem o domínio da escrita e da leitura;
a vida desprovida de conhecimentos, experiências e belíssimas recordações.
Neta
de imigrantes, muito comum chegarem ao Brasil sendo refugiados de guerra e, não
raro analfabetos no próprio idioma, tive a oportunidade de ensinar minha avó
materna a ler e escrever, experiência única que me possibilitou apresentar o
mundo a uma pessoa muito querida, cuja vida vi totalmente modificada após a
alfabetização.
O
tempo foi passando e tomei gosto pela palavra escrita, lida, interpretada,
persuasiva, amorosa, salvadora, libertadora. Comecei a (re) ler a literatura
que, em algum momento da minha vida, não fazia o menor sentido, percebendo as possibilidades infinitas de aplicabilidade desta palavra em ocasiões únicas, nas
quais ela se encaixa perfeitamente, fazendo muito mais sentido.
Leio
tudo, não sigo tendências e costumo dizer que o melhor livro é aquele,
primeiramente pelo qual nos interessamos ou, do qual recebemos uma indicação de
parentes ou amigos; todavia o prazer da leitura perpassa, simultaneamente, por
vários estilos, épocas, escritores, gêneros, onde o tempo cronológico sequer
importa e valem somente os prazeres advindos da literatura.
Angelica Buchala
Lindo texto, Angelica!
ResponderExcluirAs palavras também exercem um mágico fascínio sobre mim.
Beijos de luz,
Aline***
Obrigada por ter vindo Aline e seria ótimo deixar aqui um pouco da sua experiência literária, vamos apreciar!!
ExcluirBeijos
Las palabras son pinceles que dibujan lo que somos y vivimos. Escribir para mi es el lugar donde me encuentro y a través del cual vivo con mayor claridad e intensidad; No concibo una vida sin lectura que me haga viajar y escritura que me permita llegar a casa... Me encanto el texto...
ResponderExcluirAh Lolita, me encanta você! Agora é só deixar mais das suas palavras aqui, certo?
ResponderExcluirbesos
Desde pequena minha familia me incentivou a ler e escrever,depois que li meu primeiro livro não parei mais,simplismente devoro as páginas,me transporto para as histórias e nem vejo o tempo passar.AMO ler e um livro muito bom é " O Menino do Pijama Listrado",ele mostra que as maiores diferenças podem ser superadas com uma grande e verdadeira amizade.
ResponderExcluirBjos ;)